Uma situação comum no ambiente de trabalho é confundir objetividade com frieza.
A educação corporativa tem se esforçado em difundir conceitos para estimular o trabalho em equipe, enfatizando dentro das empresas o desenvolvimento de competências comportamentais, em importância igual ou superior às competências técnicas.
Nesse universo, acabam proliferando cursos de relacionamento interpessoal. Se determinada pessoa está “desajustada” no grupo, é encaminhada para um “Curso de Relacionamento Interpessoal” como se fosse a solução do problema.
Essa prática de estimular o profissional a moldar e melhorar seu perfil comportamental está correta; no entanto, é importante lembrar que, apenas “ser querido” não significa um comportamento sempre adequado. É preciso sim, ser assertivo! Na ânsia de se tornar aceito, o profissional frequentemente exagera em tentar deixar o interlocutor à vontade: com receio de não lhe causar qualquer constrangimento ou não parecer impositivo, faz uma abordagem subjetiva demais e falha em definir o ponto central da questão.
Em muitas oportunidades, tudo que o seu interlocutor está esperando é que se esclareçam questões como: o que, quem, quando e onde. Alguns casos exigem até o “como” ou no mínimo, o “como não fazer”. São aspectos que deveriam ser repassados com o máximo de clareza; mas muitas vezes são esquecidos.
Para complicar a situação, além de não deixar isso claro, a outra pessoa, também na linha de mostrar um “bom relacionamento” acaba não questionando ou não aprofundando suas dúvidas.
Ocorre então a conhecida situação onde: um finge ou imagina que explicou; e o outro finge que entendeu. Está preparado o terreno perfeito para o surgimento de mal-entendidos, morosidade no andamento de projetos ou falta de foco nas ações.
Se você precisa do auxílio de algum colega, jamais seja bruto e sempre peça com gentileza; mas também não seja evasivo ou disperso. Seja direto e deixe claro o que vai definir se aquela tarefa terá êxito ou não. Diga onde quer chegar e ambos vão poupar tempo e preocupações!
Um comentário sobre “Dúvidas em relação à tarefa são perda de tempo”