Quando se fala em comportamento das pessoas, sempre se leva em conta que há aspectos racionais, mas também emocionais.
A humanidade passa por um dos maiores desafios do século, e se mostra um pouco confusa na condução das soluções. Mas é compreensível: é uma crise humanitária totalmente nova, sem modelos anteriores com soluções testadas. Sequer houve tempo para isso.
Em outras crises internacionais recentes, na sua maioria de ordem econômica, era possível lançar mão de soluções racionais, na maioria das vezes, ortodoxas.
A crise do coronavírus no entanto, envolve medo, incerteza e, até certo ponto, sentimento de impotência. Esses ingredientes emocionais, são os primeiros que necessitam ser estabilizados.
Divergências do que é certo ou não fazer, nesse hora, só aumentam a incerteza. E para dificultar ainda mais, duas notícias ruins:
Conforme as próprias autoridades do Sistema de Saúde, é certo que muitos vão se contaminar e é recomendável que cerca de 50% da população passe por isso, para começarmos a respirar aliviados (e imunizados). Também é certo que se essa contaminação acontecer muito rapidamente, não haverá condições de atender a todos e mais pessoas possivelmente morrerão.
A solução então passa pela gestão da ansiedade. Como aquele momento ruim que sabemos que teremos de enfrentar – não há como antecipá-lo, mas sofrer antes também não ajuda.
É preciso usar procedimentos rígidos; mas ao mesmo tempo, deixar claro para as pessoas que o fato de utilizá-los não trará um milagre, fazendo o problema passar mais rápido ou interrompendo-o definitivamente. A pandemia terá seu ciclo, mas quem deverá ditar a velocidade dela somos nós, e não o vírus – aí reside o sucesso.
Teremos de passar por isso, no tempo necessário. Nesse tempo, mantendo a calma.
Mas conseguiremos, e tudo ficará para trás!